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Ozarfaxinars
e-revista ISSN 1645-9180
Direção: Jorge Lima Edição e Coordenação: Fátima Pais
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Outubro 2015
Dissertação - Comunidades Virtuais de Aprendizagem na Formação Contínua de Professores - Estudo de caso
Jorge Lima
Com a publicação ou republicação de dissertações de doutoramento ou de mestrado da autoria de docentes de Matosinhos, pretendemos abrir um espaço de visibilidade para resultados de investigação em temáticas da Educação diretamente relacionadas com a realidade e a dinâmica das nossas Escolas Associadas.
Jorge Manuel Teixeira dos Santos Lima
Professor do grupo de recrutamento 520 (Biologia e Geologia) da Escola Secundária de Augusto Gomes - Matosinhos. Bacharel em Biologia, Licenciado em Biologia (Ramo Educacional, Mestre em Educação, especialidade Tecnologia Educativa, Pós-graduado em Liderança e Gestão da Formação em Contextos Educacionais, Diretor do extinto PRÓfessor - Centro de Formação de Professores de Matosinhos e atual Diretor do CFAE_Matosinhos - Centro de Formação de Associação das Escolas de Matosinhos.
Segundo Wilson & Ryder (1998:2) os grupos tornam-se comunidades quando interactuam entre si e se mantêm juntos o tempo suficiente para formar um conjunto de hábitos e convenções e quando se tornam dependentes na realização de tarefas que visam interesses comuns.
[A "invenção" das redes telemáticas]
A existência de comunidades ligadas e suportadas por computadores, segundo Rheingold (2000:9), foi prevista por Licklider em associação com Taylor, investigadores do ARPA (Departament of Defense’s Advanced Research Projects Agengy). Esta entidade, foi uma das muitas acções desenvolvidas pelos Estados Unidos, em resposta ao lançamento, pela União Soviética, do satélite orbital Sputnik.
[Ser digital a caminho da inteligência colectiva]
“Ser digital” proporciona, segundo Negroponte (1996:240), razões para optimismo, pois a era digital vem com quatro qualidades: é descentralizadora, globalizadora, harmonizadora e distribuidora de poder.
[Despertam as vontades políticas]
A humanidade adaptou-se a esta nova demanda da partilha do conhecimento e as medidas e directrizes chegam-nos emanadas a partir das organizações mais significativas, tanto a nível mundial como da União Europeia ou a nível nacional.
[A Comunicação Mediada por Computador (CMC) vai à escola mas os professores resistem]
No Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, Delors et al (1996:55-58) consideram a Educação uma linha de força da sociedade civil e da democracia, confundindo-se mesmo com a própria democracia, quando todos participam na construção duma sociedade responsável e solidária, respeitadora dos direitos fundamentais de cada um.
A Comunicação Educativa em ambiente mediado por TIC não é uma comunicação nova, antes permite novas utilizações das linguagens já conhecidas. Mas não se confunda esta aparente falta de “novidade” com falta de “poder”.
[Comunicação mediada, comunicação limitada]
Toda a comunicação mediada está, segundo Fidler (1997:49), sujeita a limitações determinadas pelo espaço e pelo tempo.
A primeira limitação é o acesso aos meios necessários. Nem todas as escolas, por exemplo, possuem esses meios, nem todos os meios que as escolas possuem estão acessíveis a professores e alunos de todas as turmas.
[Definição de Comunidades Virtuais de Aprendizagem]
Os arranha-céus nunca teriam existido sem o desenvolvimento de novas técnicas como armações em ferro, betão, vidro laminado, elevadores, aquecimento central ou ar condicionado. Provavelmente existiria já a ambição de os construir, mas a Arquitectura só a partir daí dispôs dos meios necessários.
[Enquadramento das Comunidades Virtuais de Aprendizagem no paradigma construtivista]
O construtivismo, segundo Glasersfeld (1998:19), consiste em considerar que o que chamamos conhecimento não tem e não pode ter o propósito de produzir representações de uma realidade independente, mas antes tem uma função adaptativa. A realidade objectiva, é algo que não existe, uma vez que todos temos dela uma versão, necessariamente diferente da dos outros.
[Particularidades e tipos de Comunidades Virtuais de Aprendizagem]
Os sinais particulares das comunidades virtuais, por contraposição com as comunidades da vida real, não são difíceis de encontrar. Mais difícil será obter um consenso na análise dessas particularidades que pode chegar ao ponto de nos levar a interrogar, como Wellman & Gulia (1996:5) – “As comunidades virtuais são entidades em si mesmas ou fazem parte das comunidades que as pessoas constituem normalmente?”
[Design de Comunidades Virtuais de Aprendizagem]
Uma comunidade virtual que se pretenda criar é, necessariamente, diferente de qualquer outra. Basta que os indivíduos que a constituam não sejam os mesmos para se estar perante uma outra realidade. No entanto, não desperdiçaremos a experiência acumulada e os estudos desenvolvidos neste domínio.
[Conclusões e partilha de reflexões]
Neste estudo de caso exploratório procurou-se investigar a problemática das Comunidades Virtuais de Aprendizagem na Formação Contínua de Professores, com o objectivo de configurar um modelo de implementação nesse contexto e analisar as implicações da sua implementação em situação real, no âmbito da formação de formadores de um CFAE.
Texto integral
Lima, J. (2002). Comunidades Virtuais de Aprendizagem na Formação Contínua de Professores - Estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Educação - Especialidade Tecnologia Educativa, Instituto de Educação, Universidade do Minho.
Agradecemos, desde já, a sua opinião sobre este número - ozarfaxinars@gmail.com
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